No momento, você está visualizando Servidores da saúde ameaçam entrar em greve se o governo não pagar terceira parcela do PCCR, que está 5 meses atrasada.

Servidores da saúde ameaçam entrar em greve se o governo não pagar terceira parcela do PCCR, que está 5 meses atrasada.

Com cinco meses de atraso do pagamento da terceira parcela do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) dosservidores da saúde de nível superior, eles ameaçam entrar em greve a partir do dia 10 de junho, caso o Governo do Estado não honre o que ficou acordado em lei.

A presidente do Sintras (Sindicato dos Trabalhadores de saúde deRoraima), Maceli de Souza Carvalho, entidade que representa todas ascategorias da saúde, o presidente do Sintearr (Sindicato dos TecnólogosTécnicos e Auxiliares em Radiologia do Estado de Roraima), ErasmoMistal, e a presidente da Simed (Sindicato dos Médicos de Roraima),Marisa Pinto, buscaram ajuda na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), para criar um canal de comunicação junto ao governo e resolver esseimpasse sem ser preciso paralisar.

Os representantesforam recebidos pelo presidente da Casa Legislativa, Soldado Sampaio(Republicanos) e pelo deputado Dr. Cláudio Cirurgião (União), que presidea Comissão Permanente de Saúde e Saneamento da ALE-RR. “Nósviemos aqui cobrar o efetivo pagamento da terceira parcela do PCCR.Estamos pedindo a ajuda dos deputados para que cobrem do governoestadual esse pagamento, que deveria ter sido efetivado em janeiro, e atéagora não existe previsão”, disse Maceli, ao reforçar que a cobrança foireiterada ao governo.

Segundo ela, o único posicionamento oficial do Executivo é que estãoanalisando. “O servidor não aguenta mais esperar”, afirmou, ao informarque nesta situação existem 2.500 servidores aguardando o pagamento.

O deputado Dr. Cláudio Cirurgião disse que fez uma solicitação aoExecutivo para saber qual é o impacto financeiro. “Já estamos comlevantamento em mãos e vamos propor uma mesa de negociação com oGoverno do Estado para que haja o cumprimento, o quanto antes, dessaterceira parcela. São servidores importantes para o Estado, que napandemia receberam uma série de congratulações, mas agora é que é omomento do reconhecimento, um direito garantido por lei, aprovado pelaAssembleia Legislativa, com o compromisso do Governo do Estado, queprecisa ser cumprido o quanto antes”, lembrou.

O presidenteSoldado Sampaiodisse que a pautados servidores éjusta e que fará aarticulaçãonecessária paraque o Executivo efetive essa tabela salarial já aprovada em lei.“Entendemos a situação, e é um direito dos servidores dado pelo Executivoe reconhecido pelo Poder Legislativo. Precisamos construir canais deconversas com o governo e vamos trabalhar uma negociação o quantoantes, para construir uma alternativa ou um calendário e efetivar essaterceira parcela dos servidores de nível superior da saúde”, disse opresidente.
Sampaio não entende o porquê o governo não abre um canal de diálogocom os servidores detentores desse direito. “Foi aprovado o projeto de lei em 2021. Ficaram três parcelas para serem pagas em2022, 2023 e 2024. Isso já está programado dentro da peça orçamentária da Secretaria de Saúde”, reforçou.

Servidor adoecido

Maceli Carvalho ressaltou que servidor desvalorizado é servidor adoecido. “Infelizmente a gente tem recebido muitas queixas deadoecimento. Quando se mexe na questão financeira, com toda uma programação para receber e o governo não cumpre a suaparte, isso deixa muito sensível a situação do trabalhador”, disse.
A presidente ressaltou que a entidade sindical não tem mais como pedir para os colegas esperarem. “Há muitos desgastes.Infelizmente não tem mais como a gente segurar esse problema. Por isso procuramos a Casa Legislativa, que nos recebeuprontamente para discutir o assunto. A gente deliberou uma paralisação para o dia 10 de junho”, avisou.

Texto: Marilena Freitas – Ascom/ALERR

Deixe um comentário